Calibração acreditada em detectores de gás: Entenda o que a diferencia da calibração rastreada

Em locais em que existe vazamento de gases inflamáveis, tóxicos ou asfixiantes, os detectores de gás desempenham um papel na prevenção de acidentes. No entanto, para que esses equipamentos atuem com precisão, é essencial realizar sua calibração de forma periódica e criteriosa.

Entre os tipos de calibração mais utilizados, estão a calibração rastreada e a calibração acreditada em detectores de gás. Embora ambas sejam voltadas ao mesmo objetivo garantir que o equipamento esteja fornecendo leituras corretas, existem diferenças técnicas importantes entre elas. Este texto explica de forma clara o que distingue esses dois tipos de calibração, suas vantagens, aplicações práticas e quando escolher cada uma.

O que é a calibração de um detector de gás?

A calibração de um detector de gás é o processo de ajuste e verificação da resposta do equipamento a uma concentração conhecida de gás. Isso garante que os sensores estejam medindo corretamente o nível de gases como oxigênio, monóxido de carbono, gases combustíveis ou outros, conforme o ambiente monitorado.

A ausência de calibração ou sua realização de forma inadequada pode gerar:

• Alarmes falsos ou que não disparam;
• Riscos de exposição a gases perigosos;
• Interrupções na operação;
• Problemas em inspeções de segurança.

Calibração rastreada: o que é?

A calibração rastreada é realizada com o uso de padrões de gás com origem conhecida, permitindo que a medição possa ser comparada com valores confiáveis. Trata-se de um processo técnico adequado para a maioria dos usos operacionais e industriais.

Características principais:

• Utiliza padrões de referência certificados;
• É realizada por técnicos qualificados;
• Gera relatórios com informações sobre gases, datas e responsáveis;
• É suficiente para controle interno e rotinas de segurança comuns.

Calibração acreditada: o que é?

Já a calibração acreditada envolve critérios mais rígidos de controle e documentação. Ela segue procedimentos padronizados e é executada por estruturas que adotam práticas metrológicas com níveis mais elevados de rastreabilidade, controle de incertezas, validação dos métodos e consistência dos resultados.

Características principais:

• Segue protocolos técnicos padronizados e formalizados;
• Utiliza ambiente e instrumentos com controle rigoroso;
• Apresenta dados detalhados de incerteza de medição;
• Fornece certificados com informações completas, indicando maior confiabilidade técnica;
• É recomendada em ambientes com alto risco ou exigências rigorosas.

Principais diferenças entre calibração rastreada e acreditada

A calibração rastreada e a calibração acreditada são dois processos distintos usados para garantir a confiabilidade de instrumentos de medição, como detectores de gás, mas com níveis diferentes de rigor técnico e reconhecimento formal.

A calibração rastreada é feita com o uso de padrões de referência que possuem origem conhecida e que podem ser ligados a padrões nacionais ou internacionais por meio de uma cadeia documentada de medições. Ela garante que o equipamento está sendo comparado a valores confiáveis e pode ser executada por laboratórios internos ou assistências técnicas qualificadas. Esse tipo de calibração é amplamente utilizado em rotinas operacionais e é suficiente para muitas aplicações industriais e comerciais, especialmente quando não há exigência de certificação formal. O processo gera relatórios com informações básicas como a concentração dos gases usados, a data de calibração, o responsável técnico e a próxima data recomendada para o procedimento.

Já a calibração acreditada segue critérios mais rigorosos. Ela é realizada por estruturas que adotam metodologias formalizadas, controle de incertezas de medição, ambiente controlado e processos auditáveis. Esse tipo de calibração fornece um certificado mais detalhado, com dados técnicos adicionais, como as incertezas envolvidas, a metodologia utilizada e a confiabilidade estatística do processo. Por isso, é geralmente exigida em operações de alto risco, processos com validação técnica formal ou em auditorias de sistemas de qualidade que exigem maior nível de documentação.

Quando escolher cada tipo de calibração?

A escolha entre calibração rastreada e acreditada deve levar em conta o tipo de operação, os riscos envolvidos, a necessidade de comprovação técnica e o grau de exigência de clientes ou auditorias.

A calibração rastreada é ideal quando:

• O detector é usado em ambientes de risco moderado;
• A empresa realiza controle interno sem exigências externas;
• O foco é o custo-benefício com manutenção preventiva;
• Não há exigência de documentação formal de incertezas.

A calibração acreditada é indicada quando:

• A operação envolve gases perigosos em concentrações críticas;
• É necessário apresentar certificados técnicos em auditorias externas;
• O cliente ou projeto exige documentação técnica detalhada;
• Há validações de processos, produtos ou sistemas que dependem de dados confiáveis.

Como saber se o serviço prestado é mais completo?

Para avaliar a qualidade do serviço de calibração recebido, independentemente do tipo, observe os seguintes pontos:

• O procedimento foi documentado com clareza?
• O certificado ou relatório indica a concentração dos gases utilizados?
• Há registro da data, do responsável técnico e da próxima calibração recomendada?
• A calibração incluiu informações sobre a resposta do sensor e possíveis ajustes?
• A empresa fornecedora demonstra domínio técnico do processo?

Essas informações são sinais de que a calibração foi feita de maneira correta, segura e tecnicamente embasada.

Frequência recomendada de calibração

A periodicidade da calibração varia conforme:

• Tipo de detector (portátil ou fixo);
• Condições ambientais (calor, umidade, poeira, vapores químicos);
• Frequência de uso;
• Políticas de segurança da empresa;
• Histórico de falhas ou alarmes falsos.

Como orientação geral:

• Detectores portáteis: calibração recomendada a cada 90 dias;
• Detectores fixos: calibração recomendada a cada 6 meses.

Calibração x verificação funcional

É importante não confundir calibração com bump test ou teste funcional. Este último é feito para verificar se os sensores e alarmes do detector respondem corretamente à exposição a gás em concentrações conhecidas, mas não ajusta o equipamento.

O teste funcional deve ser realizado com muito mais frequência, semanalmente ou até diariamente, principalmente antes do uso em espaços confinados ou áreas de risco elevado.

Já a calibração ajusta os parâmetros internos do sensor para garantir a precisão da medição. Ela deve ser feita de forma técnica, cuidadosa e com os recursos adequados.

Ciateclab: empresa de calibração acreditada em detectores de gás

A Ciateclab é uma referência em calibração, manutenção e venda de detectores de gás, operando por meio de um laboratório acreditado pelo Inmetro (Rede Brasileira de Calibração – RBC – CAL 0820) e em conformidade com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, o que garante serviços com rastreabilidade metrológica e alta precisão. Localizada em São José dos Campos (SP), a empresa atende clientes em todo o Brasil, com foco em setores como petroquímica, mineração, saneamento e segurança em espaços confinados. Seu portfólio inclui calibração de detectores mono e multigás, manutenção técnica, assistência especializada e locação de estações automáticas como MicroDock II e IntelliDoX. Além disso, oferece suporte técnico com peças originais e equipe experiente. A Ciateclab tem como diferencial o compromisso com a excelência técnica, a conformidade com normas regulamentadoras e a promoção de segurança e eficiência nas operações industriais.

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