Intervalos e frequência ideais para calibração acreditada em detectores de gás

Intervalos e frequência ideais para calibração acreditada em detectores de gás da Ciatec Lab

Detectores de gás são equipamentos usados em ambientes industriais, espaços confinados, laboratórios e setores onde há risco de vazamentos de substâncias tóxicas, inflamáveis ou deficiência de oxigênio. Esses dispositivos são responsáveis por detectar alterações na atmosfera e emitir alertas em tempo real, protegendo vidas, processos produtivos e o meio ambiente. Mas, para que funcionem corretamente, os sensores internos precisam estar devidamente calibrados.

A calibração acreditada em detectores de gás, realizada por laboratórios reconhecidos pelo Inmetro (via Cgcre), é a forma mais segura e confiável de garantir a precisão desses equipamentos. Mas uma pergunta recorrente entre profissionais de segurança e manutenção é: qual a frequência ideal para a calibração desses detectores? Existe um intervalo padrão? O que determina a necessidade de recalibração?

Este artigo responde a essas questões com base em critérios técnicos, normas regulamentadoras, práticas de fabricantes e exigências operacionais.

O que é calibração e por que ela deve ser periódica?

A calibração é o procedimento técnico que compara os valores medidos pelo sensor do detector com um padrão de referência conhecido e rastreável. Caso haja desvios, o equipamento é ajustado para garantir leituras corretas. Com o tempo, os sensores sofrem desgastes, reações químicas, envelhecimento ou até contaminação por partículas presentes no ambiente. Esses fatores causam deriva na leitura, ou seja, o sensor continua funcionando, mas mede valores incorretos.

Por isso, a calibração deve ser periódica, garantindo que o equipamento continue dentro das especificações técnicas de segurança. Quanto mais crítico o ambiente, mais rigorosa deve ser essa periodicidade.

Calibração rastreada x acreditada: a diferença que impacta nos intervalos

Antes de definir a frequência, é fundamental entender o tipo de calibração:

  • Calibração rastreada: é feita por técnicos treinados, com uso de padrões de referência, mas sem obrigatoriedade de controle formal da incerteza ou auditoria de processos.
  • Calibração acreditada: segue os critérios da norma ISO/IEC 17025, com rastreabilidade metrológica, controle ambiental, cálculo de incerteza e selo do Inmetro.

A calibração acreditada, por ser mais rigorosa, oferece maior confiança sobre a real condição do equipamento. Isso permite, em alguns casos, estender com segurança o intervalo entre calibrações, se houver histórico de estabilidade e controle das condições de uso.

Qual é a frequência recomendada?

Não existe um único padrão fixo para todas as situações. A periodicidade ideal depende de vários fatores, como:

1. Recomendação do fabricante

Cada fabricante de detector define uma sugestão de intervalo com base nos testes realizados em laboratório e em campo. Em geral, recomenda-se:

  • Calibração a cada 6 ou 12 meses;
  • Bump test diário ou semanal, dependendo do ambiente;
  • Recalibração imediata após quedas, exposição a concentrações extremas ou longos períodos de inatividade.

Importante: mesmo com recomendação anual, se o equipamento operar em condições adversas, o intervalo deve ser reduzido.

2. Tipo de sensor e gás monitorado

Alguns sensores são mais estáveis que outros. Sensores catalíticos (para gases combustíveis), por exemplo, tendem a ter maior sensibilidade à contaminação e exigem calibração mais frequente. Já sensores eletroquímicos ou de infravermelho possuem estabilidade maior, mas também precisam ser verificados regularmente.

3. Condições ambientais de uso

Fatores como poeira, umidade, temperatura elevada, vibração constante, exposição a produtos químicos e partículas corrosivas aceleram a degradação dos sensores e exigem intervalos menores entre calibrações. Detectores usados em espaços confinados, plataformas marítimas ou mineração, por exemplo, demandam manutenção mais rigorosa do que aqueles operando em salas limpas ou ambientes laboratoriais controlados.

4. Histórico de estabilidade

Se o detector de gás possui registros anteriores de calibrações acreditadas com baixa deriva ao longo do tempo, a empresa pode considerar, com base em análise de risco, estender o intervalo de calibração, desde que mantenha o controle por meio de bump tests e inspeções frequentes. Essa análise deve ser registrada formalmente.

5. Exigência legal ou contratual

Normas regulamentadoras como a NR-33 (espaços confinados) exigem que o equipamento esteja calibrado e testado antes do uso. Já a NR-20 (líquidos inflamáveis e combustíveis) também cobra confiabilidade na detecção de atmosferas explosivas. Além disso, muitos contratos com grandes empresas exigem certificados de calibração válidos, preferencialmente com selo Inmetro.

O papel da calibração acreditada na definição de intervalos

Quando o detector passa por calibração acreditada, o certificado emitido traz:

  • Rastreabilidade metrológica completa;
  • Incerteza expandida da medição;
  • Data da última calibração;
  • Data recomendada para a próxima calibração.

Essas informações permitem à equipe técnica tomar decisões com base em dados reais, não em estimativas genéricas. A declaração de incerteza, por exemplo, é essencial para definir margens de segurança nos alarmes do detector.

Consequências de intervalos mal definidos

Ignorar a periodicidade recomendada pode resultar em:

  • Alarmes falsos, que causam paralisações desnecessárias;
  • Leitura abaixo da realidade, permitindo que trabalhadores sejam expostos a gases perigosos;
  • Perda de certificações e não conformidades em auditorias;
  • Responsabilização legal em caso de acidentes;
  • Danos à imagem da empresa por falhas de segurança.

Em contrapartida, calibrar com frequência excessiva, sem necessidade técnica, gera custos adicionais e indisponibilidade de equipamentos, o que também deve ser evitado.

Estratégias para otimizar os intervalos

Empresas que buscam otimizar os custos sem comprometer a segurança podem adotar as seguintes boas práticas:

  1. Implantar um programa de calibração acreditada contínua, com registros centralizados;
  2. Utilizar bump tests regulares como forma de monitoramento entre as calibrações;
  3. Classificar os equipamentos por nível de risco do ambiente e definir calendários diferenciados;
  4. Fazer análise de tendência dos certificados de calibração para identificar estabilidade dos sensores;
  5. Negociar com fornecedores a calibração acreditada na locação, quando os equipamentos forem alugados.

Essas estratégias aumentam a previsibilidade, reduzem riscos e otimizam o uso de recursos.

Ciateclab: empresa de calibração acreditada em detectores de gás

A Ciateclab é uma referência em calibração, manutenção e venda de detectores de gás, operando por meio de um laboratório acreditado pelo Inmetro (Rede Brasileira de Calibração – RBC – CAL 0820) e em conformidade com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, o que garante serviços com rastreabilidade metrológica e alta precisão. Localizada em São José dos Campos (SP), a empresa atende clientes em todo o Brasil, com foco em setores como petroquímica, mineração, saneamento e segurança em espaços confinados. Seu portfólio inclui calibração de detectores mono e multigás, manutenção técnica, assistência especializada e locação de estações automáticas como MicroDock II e IntelliDoX. A Ciateclab tem como diferencial o compromisso com a excelência técnica, a conformidade com normas regulamentadoras e a promoção de segurança e eficiência nas operações industriais.

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