Manual de manutenção de detectores de gás: Passo a passo para usuários e técnicos

Manutenção de Detectores de gás são equipamentos para garantir a segurança em ambientes em que o risco de vazamentos de gases tóxicos, inflamáveis ou asfixiantes. Presentes em indústrias químicas, plataformas de petróleo, laboratórios, centrais de energia, cozinhas industriais e espaços confinados, esses dispositivos demandam uma rotina rigorosa de manutenção para que funcionem corretamente e cumpram sua função de forma confiável.
Neste manual, apresentamos um passo a passo detalhado de manutenção preventiva e corretiva, tanto para usuários quanto para técnicos especializados. Seguir as etapas é fundamental para garantir a precisão das leituras, a durabilidade dos sensores e a segurança dos profissionais que dependem desses dispositivos.
1. Por que a manutenção de detectores de gás é fundamental?
Antes de detalhar os procedimentos, é importante entender a razão pela qual a manutenção desses equipamentos deve ser uma prioridade:
- Evita falhas de detecção que podem causar acidentes graves;
- Prolonga a vida útil do detector e dos sensores;
- Garante conformidade com normas regulatórias (NR-33, NR-20, ISO 9001, entre outras);
- Diminui custos com trocas desnecessárias e paradas não programadas;
- Assegura a confiabilidade dos alarmes em situações críticas.
2. Manutenção diária
Alguns cuidados simples podem (e devem) ser feitos todos os dias pelos próprios usuários. São procedimentos que não exigem ferramentas nem conhecimentos técnicos avançados, mas que fazem toda a diferença:
2.1. Inspeção visual
- Verifique se o detector apresenta danos visíveis, rachaduras, acúmulo de poeira ou corrosão;
- Observe se há sinais de umidade, oxidação ou vazamento de líquidos;
- Cheque o estado da tela e dos botões de controle.
2.2. Verificação do alarme e display
- Ligue o equipamento e verifique se o autoteste de inicialização é concluído corretame
- Confirme se os alarmes sonoro, visual e vibratório estão funcionando;
- Observe se os valores exibidos no visor estão dentro da faixa normal de concentração.
2.3. Carga e condição da bateria
- Certifique-se de que a bateria esteja carregada antes de iniciar o uso;
- Caso o equipamento possua carregador base, verifique se a conexão está firme e funcional;
- Evite o uso com nível de carga inferior a 25%.
3. Manutenção semanal – Verificação funcional com gás teste
A verificação funcional (bump test) deve ser realizada semanalmente, principalmente antes de usar o detector em ambientes críticos. Ela serve para confirmar que os sensores estão detectando corretamente os gases-alvo.
3.1. O que é necessário?
- Cilindro com gás de teste apropriado (mistura certificada);
- Regulador de fluxo ou bomba de calibração;
- Tubo de aplicação ou acoplamento compatível com o modelo do detector.
3.2. Passo a passo do bump test
- Conecte o detector ao tubo de aplicação;
- Libere o gás de teste por 10 a 30 segundos, conforme especificado pelo fabricante;
- Verifique se o equipamento detecta corretamente o gás e aciona o alarme;
- Retire o gás e observe se os valores retornam rapidamente ao zero;
- Se houver falhas, registre e encaminhe o equipamento para calibração ou manutenção.
Importante: sempre utilize gases compatíveis com os sensores específicos (CO, HâS, Oâ, LEL etc.)
4. Manutenção mensal – Inspeção preventiva
Além dos testes semanais, a cada 30 dias recomenda-se uma checagem preventiva mais detalhada. Pode ser feita por um supervisor de segurança, técnico treinado ou profissional designado da CIPA ou SESMT.
4.1. Itens a verificar
- Integridade da carcaça, conectores e sensores;
- Condição da bomba de amostragem (se aplicável);
- Limpeza dos filtros e entradas de ar;
- Registro de eventos ou falhas armazenados no equipamento;
- Atualização de firmware (em modelos digitais).
5. Calibração periódica – Responsabilidade técnica
A calibração garante que os sensores forneçam medições precisas em relação a concentrações reais dos gases-alvo. A frequência pode variar entre 30 e 180 dias, dependendo do tipo de sensor, fabricante e exigências normativas.
5.1. Quem pode calibrar?
- Técnico autorizado com certificado de calibração;
- Laboratório especializado com rastreabilidade metrológica (INMETRO);
- Equipe interna treinada com equipamento de bancada e gases padrão.
5.2. Etapas da calibração
- Zere os sensores com ar limpo e seco;
- Aplique os gases padrão em concentrações conhecidas;
- Ajuste os valores lidos pelo equipamento conforme os valores reais do gás;
- Salve os parâmetros e gere o certificado de calibração (se aplicável);
- Registre a data, lote do gás e responsável técnico.
5.3. Frequência recomendada
- Detectores portáteis: a cada 90 dias ou conforme a política da empresa
- Detectores fixos: entre 3 e 6 meses, com checagens mensais
6. Manutenção corretiva – Quando acionar o suporte?
Se o detector apresentar comportamento irregular, falha em testes ou sinais de dano físico, ele deve ser imediatamente retirado de operação e encaminhado para avaliação técnica.
6.1. Sinais de alerta
- Leituras inconsistentes ou travadas;
- Alarmes que não disparam em testes;
- Visor apagado ou congelado;
- Sensor com resposta lenta ao gás de teste;
- Desgaste da membrana, filtros ou bomba.
6.2. Procedimentos corretivos
- Diagnóstico eletrônico com software dedicado;
- Substituição de sensores vencidos ou inativos;
- Troca de filtros e componentes internos;
- Recalibração após reparo;
- Testes de validação antes da liberação do uso.
7. Dicas para prolongar a vida útil dos detectores
- Armazene em local seco, ventilado e protegido de contaminantes químicos;
- Evite quedas, impactos ou exposição prolongada à luz solar intensa;
- Nunca use o equipamento sem filtros ou com sensores expostos;
- Realize treinamentos periódicos com a equipe sobre o uso correto;
- Registre todas as manutenções e calibragens para auditorias e conformidade.
Ciateclab: empresa especializada em manutenção de detectores de gás
A Ciateclab é uma referência em calibração, manutenção e venda de detectores de gás, operando por meio de um laboratório acreditado pelo Inmetro (Rede Brasileira de Calibração – RBC – CAL 0820) e seguindo com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, o que garante serviços com rastreabilidade metrológica e alta precisão. Localizada em São José dos Campos (SP), a empresa atende clientes em todo o Brasil, com foco em setores como petroquímica, mineração, saneamento e segurança em espaços confinados. Seu portfólio inclui calibração de detectores mono e multigás, manutenção técnica, assistência especializada e locação de estações automáticas como MicroDock II e IntelliDoX. A Ciateclab tem como diferencial o compromisso com a excelência técnica, a conformidade com normas regulamentadoras e a promoção de segurança e eficiência nas operações industriais.
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