Riscos de utilizar detectores de gás sem a calibração acreditada em detectores de gás e como evitar problemas

A segurança em ambientes industriais, espaços confinados, laboratórios e áreas de produção química depende da eficácia dos sistemas de monitoramento da qualidade do ar. Entre esses sistemas, os detectores de gás ocupam um papel central na prevenção de acidentes, explosões, intoxicações e paralisações operacionais. Mas, o funcionamento seguro e preciso desses dispositivos só é garantido quando passam por calibração acreditada em detectores de gás, preferencialmente acreditada por órgãos metrológicos reconhecidos, como o Inmetro no Brasil.
Negligenciar esse processo pode gerar sérias consequências, tanto para a segurança dos trabalhadores quanto para a responsabilidade legal das empresas. A seguir, você entenderá os principais riscos de utilizar detectores de gás sem calibração acreditada, e como implementar medidas para evitar falhas críticas e manter a conformidade técnica e legal.
O que é a calibração acreditada?
A calibração é o processo que verifica e ajusta a resposta dos sensores do detector de gás em relação a uma concentração padrão conhecida de determinado gás. A calibração acreditada é aquela realizada por um laboratório que atende aos requisitos técnicos definidos pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) ou por organismos equivalentes, sob a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025.
Ela garante que os resultados do processo de calibração têm rastreabilidade metrológica, ou seja, podem ser comparados com padrões internacionais reconhecidos. Além disso, a calibração acreditada confere confiabilidade, transparência e validade legal aos certificados emitidos, especialmente em auditorias, processos licitatórios e investigações de acidentes.
1. Risco de leituras incorretas
Sem a calibração acreditada, os sensores dos detectores de gás podem fornecer leituras imprecisas, sem que os operadores percebam. Isso pode ocorrer por:
- Deriva natural do sensor com o tempo.
- Contaminação por vapores químicos ou umidade.
- Danos causados por impacto ou condições adversas.
Essas falhas geram falsos negativos, em que o detector não acusa a presença perigosa de gás, ou falsos positivos, que resultam em alarmes indevidos, paralisações desnecessárias e perda de produtividade.
2. Aumento do risco de acidentes
Detectores descalibrados são ineficientes na proteção da vida humana. Eles podem falhar em identificar gases tóxicos (como HâS, CO, NHâ), inflamáveis (como metano e propano) ou a falta de oxigênio. Isso compromete a segurança de trabalhadores em espaços confinados ou áreas classificadas, podendo levar a:
- Intoxicações severas ou morte.
- Explosões em áreas com presença de vapores inflamáveis.
- Asfixia por deslocamento de oxigênio.
A ausência de calibração acreditada elimina a garantia de que os sensores estão funcionando dentro dos parâmetros aceitáveis — o que aumenta diretamente o risco de falhas críticas.
3. Não conformidade com normas legais e técnicas
A legislação brasileira e diversas normas internacionais exigem o uso de instrumentos calibrados, com rastreabilidade metrológica garantida. Isso está presente em:
- NR-33 (Segurança em Espaços Confinados).
- NR-20 (Líquidos inflamáveis e combustíveis).
- Normas ISO, OSHA, NFPA e API.
- Requisitos de certificadoras (ISO 9001, ISO 45001, etc.).
Usar detectores sem calibração acreditada pode resultar em multas, interdições e reprovação em auditorias. Além disso, compromete a validade de laudos técnicos, relatórios de segurança e avaliações ambientais.
4. Fragilidade em investigações e responsabilizações
Em caso de acidentes envolvendo gases, é comum que autoridades técnicas exijam os certificados de calibração dos detectores utilizados. Se a empresa não puder comprovar que os equipamentos estavam calibrados por laboratório acreditado, pode ser responsabilizada por:
- Negligência técnica.
- Descumprimento de norma regulamentadora.
- Responsabilidade civil e criminal.
5. Falsos indicadores de economia
Algumas empresas adiam a calibração ou recorrem a fornecedores não acreditados na tentativa de economizar. No entanto, essa decisão pode sair cara. Os riscos incluem:
- Troca prematura de sensores que poderiam ter sido ajustados com calibração.
- Manutenções corretivas emergenciais mais caras.
- Danos a equipamentos e processos por alarmes falsos ou atrasados.
- Acidentes que geram prejuízos legais, operacionais e humanos.
A economia aparente acaba gerando custos reais e elevados, além de prejudicar a reputação da empresa no mercado.
Como evitar os riscos: boas práticas essenciais
A boa notícia é que evitar os riscos da falta de calibração acreditada é perfeitamente viável, desde que a empresa adote práticas responsáveis e sistematizadas. Veja as principais:
1. Contrate laboratórios acreditados pelo Inmetro
Ao escolher um fornecedor de calibração, verifique se ele possui acreditação junto à Cgcre/Inmetro, conforme a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025. Isso garante que:
- Os procedimentos seguem padrões técnicos reconhecidos.
- Os gases usados são rastreados e certificados.
- Os certificados têm validade técnica e legal.
Evite serviços informais, com preços muito abaixo da média, e desconfie de laboratórios sem site, endereço fixo ou sem transparência nas metodologias.
2. Mantenha um cronograma rigoroso de calibração
Elabore um plano com frequência definida de calibração, conforme:
- Recomendação do fabricante.
- Tipo de sensor.
- Criticidade da área de uso.
- Histórico de deriva ou falhas.
Em geral, a calibração é recomendada a cada 3 ou 6 meses. Sensores em ambientes agressivos podem exigir intervalos menores. Utilize softwares de gestão de ativos ou planilhas automatizadas para controlar os prazos e evitar vencimentos.
3. Realize bump tests regulares
Mesmo com calibração válida, é essencial realizar bump tests antes do uso. Eles verificam se o detector está respondendo corretamente a uma amostra de gás padrão. Se falhar, o equipamento deve ser imediatamente retirado de uso e recalibrado.
4. Treine a equipe técnica
Operadores, técnicos de segurança e responsáveis pela manutenção devem ser capacitados sobre:
- Importância da calibração acreditada.
- Como interpretar certificados.
- Como identificar sensores instáveis ou descalibrados.
- Procedimentos de checagem antes do uso.
A cultura de segurança começa com a conscientização.
5. Documente tudo com rastreabilidade
Guarde todos os certificados de calibração acreditada em formato físico e digital. Eles devem conter:
- Número de série do detector.
- Tipo de sensor calibrado.
- Data e validade da calibração.
- Número do certificado e rastreabilidade dos padrões usados.
Esses documentos são fundamentais para comprovar conformidade em auditorias e investigações.
Ciateclab: empresa de calibração acreditada em detectores de gás
A CIATEC Lab é uma referência em calibração, manutenção e venda de detectores de gás, operando por meio de um laboratório acreditado pelo Inmetro (Rede Brasileira de Calibração – RBC – CAL 0820) e em conformidade com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, o que garante serviços com rastreabilidade metrológica e alta precisão. Localizada em São José dos Campos (SP), a empresa atende clientes em todo o Brasil, com foco em setores como petroquímica, mineração, saneamento e segurança em espaços confinados. Seu portfólio inclui calibração de detectores mono e multigás, manutenção técnica, assistência especializada e locação de estações automáticas como MicroDock II e IntelliDoX. Além disso, oferece suporte técnico com peças originais e equipe experiente. A CIATEC Lab tem como diferencial o compromisso com a excelência técnica, a conformidade com normas regulamentadoras e a promoção de segurança e eficiência nas operações industriais.
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